A relação do território de Vila do Conde com os Caminhos de Santiago é longa e aparentemente simples, pela forte tradição de peregrinação que existe desde a Idade Média no concelho.
Isso mesmo atestam as pontes medievais, a paróquia cujo orago é Santiago, os mosteiros com tradição de peregrinação e até peregrinações reais – a de D. Manuel I e a de Filipe II de Portugal. O caminho entra em Vila do Conde por Aveleda, vindo da ponte de D. Goimil, e daí segue para norte, na direção da Igreja de Santiago de Labruge, continuando relativamente próximo da praia e cruzando a Reserva Ornitológica de Mindelo.
Em Vila do Conde é obrigatório passar pela Igreja Matriz, erguida numa área que, na viragem do século XV para o XVI, passou a constituir-se como o centro político administrativo e religioso da povoação. Com o aumento da importância da Póvoa de Varzim, conseguido essencialmente a partir da Idade Moderna, um ramal desta via terá ganho força, levando-o a passar diretamente por aquela povoação, através da antiga Praça Velha, do Alto de Pega e da Poça da Barca.